Os
amigos são uma seiva que nos estrutura e alimenta. Estão sempre próximos.
Quando estão perto, quando, mesmo longe, falamos ou quando, simplesmente, sabemos
o que nos diriam. Os
amigos geniais tornam-nos melhores e enriquecem as nossas famílias.
Os
amigos geniais já não se usam. Dão muito trabalho.
A
sociedade atual substitui a individualidade, ainda uma espécie de relação, pela
atomização. Cada um vai tendendo a existir realmente sozinho, permanentemente
conectado num mundo crescentemente digital e manipulado. Os filmes de “animação
científica” são os que melhor e mais profundamente mostram a realidade
presente e futura. As crianças são quem pode compreender e aceitar sem reservas
e os adultos que os fazem também são crianças.
Tudo
tem solução, neste caso mesmo a morte que se prevê deixe de ocorrer, mais tarde
ou mais cedo. Os amigos geniais podem passar a ser amigos
artificiais, robots, e vão-nos estimar. Mais ou menos do que os animais de
estimação, espécie de transição a que assistimos no presente, é o que se verá.
Sempre
com enorme vantagem. Não comem, não sujam, não precisam de ser passeados,
adivinham-nos com base em algoritmos eficazes como a intuição e têm botão
off/on.