Hoje, dia 3 de maio de
2020, é o dia nacional do fim da emergência e do princípio da calamidade.
Uma emergência costuma
ser algo que, sendo bem tratado, evita uma calamidade. Não sendo, efetivamente esta
sucede-lhe. Dificilmente se poderá avaliar já se aquilo a que chamam calamidade
económica e social seria diferente se aquilo a que chamaram emergência médica
tivesse sido diferente. O tempo, se o houver, e a História, se for feita, o
dirão.
Por agora, sobre o
estado das coisas dizem-se terabytes de coisas, como convém à liberdade de
expressão. Hoje é, também, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que é uma
coisa diferente, embora esta pressuponha aquela. A liberdade de expressão
costuma ter por epicentro o próprio umbigo, a liberdade de imprensa – que impõe
interpretação atualista – costuma ter por epicentro outros umbigos. Ambas são
cansativas, quer para quem se expressa, quer para os destinatários. Ambas são
fundamentais.
Hoje é, também, Dia da
Mãe. O doodle da Google diz “Dia das
Mães” e, provavelmente, tem razão.
O princípio da calamidade
impõe hoje a proibição de circulação entre conselhos e mantém a proibição de visitas
a Lares, com vista a evitar-se o regresso à emergência, previsto
quinzenalmente.
Estas medidas higiénicas zoomizam
a maioria dos abraços às progenitoras que, de qualquer modo, já seriam, sensata
e calamitosamente, dados com máscaras e evitam que descendentes e ascendentes até ao último grau se coíbam de procurar sanidade física e mental em locais apetecíveis, num dia de verão extemporâneo, como a praia ou o campo do concelho limítrofe, procurando evitar futuros cordões sanitários.
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