sexta-feira, 22 de maio de 2020

Há coisas que não podem esperar


Há coisas que não podem esperar, nem em tempo de pandemia global, confinamento generalizado, ligeiro desconfinamento amedrontado.

Há coisas que não podem esperar, nem em tempo de mobilizar Estados inteiros a focar-se no sistema de saúde para salvar vidas, atacadas por um vírus que tem mostrado que sabe matar.

Há coisas que não podem esperar e, por isso, se fazem com toda a urgência, digitalmente como tem de ser para não se contagiar, nem ser contagiado, para não se correr o risco de morrer.

São coisas como a que aconteceu na semana passada em Singapura quando um traficante de droga de 37 anos, condenado à morte, assistiu à leitura da sua sentença, na plataforma Zoom.

Dado que os Tribunais só abririam em junho, fizeram assim. Nesta urgentíssima situação, havia que diligenciar, o que ocorreu, com a evidente vantagem de o futuro morto pelo Estado não correr riscos de contágio da doença Covid-19.

Se a execução fosse realizada através de injeção letal, poderia até ser efetivada enviando-se ao condenado por tráfico de droga, a droga que o matasse, por exemplo através de um drone, que a poderia disparar garantindo as devidas distâncias pandémicas. 

Já tinha, também, acontecido na Nigéria.


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