Os filósofos
pré-socráticos não são anteriores a Sócrates.
É bom sabê-lo. Em
primeiro lugar, porque os paradoxos são sempre apetitosos.
Depois, na
medida em que é um minúsculo passo no sentido de se ter algum conhecimento.
É, também, bom
sabê-lo na medida em que aumenta a consciência da dimensão da ignorância que se
tem o que, não só é saudável e revigorante, como faz jus ao próprio Sócrates
que levou uma vida inteira para saber que nada sabia. O que, como se não
bastasse, lhe valeu um copo com cicuta que não lhe fez nada bem à saúde.
Esse conjunto de
pessoas, algumas contemporâneas de Sócrates, ganhou essa denominação por uns
estudiosos do século XIX terem chegado à conclusão de que havia “uma diferença significativa
de interesses” entre umas e outro. Ao conjunto das primeiras, os estudiosos chamaram,
como Aristóteles, “físicos”, porque se dedicavam a questões sobre a natureza e
origens do mundo. Já Sócrates preocupava-se principalmente com a ética.
São fascinantes,
os pré-socráticos. Aparentemente disseram tudo o que havia para dizer, mas
resumidamente.
É por isso que
vou ver se os abordo, um a um, como um exercício de memória, que bem merecem.
E, depois, vou por aí fora, por todos os tempos e por todo o mundo.
Com todo o
mérito de “Uma História da Filosofia”, de A. C. Grayling, com que conto para
conseguir contar.
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