Pagar de acordo com a disponibilidade ou, sejamos realistas, a debilidade de cada um é uma nova moda.
O fenómeno poderá ser considerado uma versão revista e renovada da lei da oferta e da procura, ou um novo paradigma de ajustamento de preços de acordo com a necessidade e a disponibilidade efetivas de cliente e prestador/vendedor, ou uma inevitabilidade da vida como ela é, enfim, o que é que se há de fazer, ou o mercado a funcionar em liberdade em que cada um propõe e aceita o que, sempre em consciência, por vezes mesmo em omnisciência, entende propor ou aceitar, ou pode ser simplesmente um aproveitamento inadmissível de uma evidente debilidade.
A polémica volta a propósito da Uber, que tem mais novidades no seu sistema de tarifação, mas é extrapolável para outros negócios e empresas.
Curiosamente, o novo modo de tarifação recentemente implementado pela Uber consegue irritar especialmente os motoristas, que consideram que o acréscimo pago pelos clientes não reverte a favor deles, mas da empresa. No entanto, tudo assenta no acréscimo pago pelos clientes.
Informa a Bloomberg que "The new fare system is called “route-based pricing,” and it charges customers based on what it predicts they’re willing to pay.". O que, trocando por miúdos, significa que vai ser cobrado o que se sabe que o cliente estará disposto a pagar. Isto é, o mesmo serviço terá um preço diferente, em função do que se prevê venha a ser a aceitação pelo cliente do valor proposto.
Curiosamente, o novo modo de tarifação recentemente implementado pela Uber consegue irritar especialmente os motoristas, que consideram que o acréscimo pago pelos clientes não reverte a favor deles, mas da empresa. No entanto, tudo assenta no acréscimo pago pelos clientes.
Informa a Bloomberg que "The new fare system is called “route-based pricing,” and it charges customers based on what it predicts they’re willing to pay.". O que, trocando por miúdos, significa que vai ser cobrado o que se sabe que o cliente estará disposto a pagar. Isto é, o mesmo serviço terá um preço diferente, em função do que se prevê venha a ser a aceitação pelo cliente do valor proposto.
Para saber isto é necessário ter dados objetivos, como por exemplo, numa deslocação de uma zona remediada para um restaurante de luxo, poderá ser cobrado um valor superior à de um percurso idêntico que termine numa tasca.
Para saber melhor isto é necessário ter dados sobre os clientes ou, pelo menos, sobre padrões de clientes. O que resulta em informações tão úteis como a de que pessoas com pouca bateria no telemóvel têm uma elevada propensão para aceitar preços elevados.
A cada um, consoante a necessidade, mas ao contrário.
A cada um, consoante a necessidade, mas ao contrário.
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